A Arquitetura da Ascensão – Capítulo 2.7
Muitas vezes a vida parece não ter cor. Isto ocorre quando as dores chegam e a nossa alma parece ser tingida permanentemente de luto, apatia ou, tristeza profunda. Impossível viver não passando por algum tipo de perda ou sofrimentos. Quando ocorrem estes acontecimentos indesejados a nossa existência parece não ter mais sentido. Foi assim que me senti mediante a morte da minha mãe. Demorou muitos anos para que eu pudesse me libertar daquele sentimento de perda. Talvez isto possa ter acontecido com o meu leitor, sabendo bem o quanto estou desejando me expressar.
Assim como as perdas acontecem negativamente, outros valores positivos os recebemos. Diariamente ganhamos e perdemos alguma coisa, deixando de valorizar (muitas vezes), o quanto é importante sentir o outro, entes tão queridos na adequação do nosso cotidiano.
Com a perda da minha genitora assumi ainda mais o compromisso afetivo com o meu pai. Ele tentava ser forte, mas, a sua tristeza estava evidente. Eles sempre foram unidos e se davam muito bem com o amor acima de tudo. Quando eu podia, carregava-o comigo em viagens que o deixassem feliz. Tentei e sei que sempre fui uma boa filha, o que me resultou dádivas maravilhosas.
Um ano após a minha mãe ter embarcado para outra dimensão, recebi um presente valiosíssimo. Nascia o meu neto. Ele foi tudo o que eu precisava para sair daquele estágio de angustia interna. Tudo se transformou e se renovou.
Com a chegada do meu neto o sorriso voltou aos meus lábios, minha alegria foi tanta que recomecei uma vida acelerada, correndo atrás das fraldas, ajudando a preparar as mamadeiras, brincar, ensinar para depois colher os frutos.
Jamais devemos desistir de nada em nossa vida. A esperança é a luz que se abre em todas as ocasiões. Por isso eu alavanquei ainda mais profissionalmente. Tinha um neto que futuramente deixaria um legado para ele.
Escrevi mais livros, pintava quadros, dava concertos de piano, fundei um Espaço Holístico quando não se conhecia muito sobre o trabalho terapêutico. Atendia pessoas, trabalhava a noite como terapeuta, participava de reuniões políticas e, durante o dia dedicava-me como professora e diretora das minhas escolas de Idiomas e Artes. Encontrava tempo para ser avó e o meu filho sempre por perto, trabalhando comigo. Meu esposo também estava na frente como diretor administrativo das empresas. Nunca deixei o jornalismo, continuando a dedicação como colunista social, cultural, presidente de várias instituições… Não me cansava! Vivia feliz com o meu trabalho.
Num domingo à tarde eu quis ser cozinheira. Fazia 20 anos que eu não fritava um ovo. Mas…consegui bater um bolo, brigadeiro e tudo por amor. Só para cantar parabéns a você para a nossa aniversariante. Sim! A gatinha que eu tinha medo estava completando idade nova. Ela era o bichinho de estimação do meu neto. Cantamos o Parabéns, cortamos o bolo para a gatinha, fotos, etc. Naquele dia percebi que poderia cozinhar muitas coisas gostosas, gostava de fazer doces. Daquele domingo em diante quando estava mais disposta, cozinhava pratos mais requintados para a família. Uma delícia ser também esposa, mãe, avó e sogra.
Descobria mais um hobby e sempre bem-humorada reuníamos com amigos e familiares e sempre aos domingos o churrasco gaúcho, chimarrão, sobremesas e eu estava no batente rindo muito de alegria. Receber é uma arte e os amigos foram sempre bem-vindos no meu lar.
Quaisquer situações têm início, meio e fim. Uma delas é clamar ao Universo o que dele precisamos. O retorno chegará. Talvez não tão imediato, merecimento ou não. Sentimos as ondas que chegam até nós do tudo que aprendemos. Subimos ou descemos… ondas elevadas ou submersas são presenças constantes em nossas vidas. Ciclos positivos ou negativos, renúncia ou esperança. Cada um resolverá o que deseja para si aplicando as leis da reverberação de tudo o que se concretiza, emana no Universo. Dar e Receber. Ação e Reação.
Em sintonia com o Universo parei num fim de semana para relaxar. Precisava escrever um prefácio de um livro de um amigo, escritor. Aproveitei que estaria sozinha naquela tarde. Silêncio e reflexão!
Sentada numa poltrona bem confortável, pés em cima de um banquinho e bem à vontade, fechei os meus olhos tentando buscar inspiração para escrever o prefácio. Nas minhas mãos estava o rascunho do livro. Lia o material e não entendia muito o que o autor tentava passar. Desconhecia o assunto sobre Mestres Ascensionados e a Fraternidade Branca.
Ao buscar mais informações sobre o assunto no próprio livro, entrou pelas janelas um vento muito forte derrubando tudo o que eu tinha na sala social. Desmaiei. Inclusive caí quando tentei fechar as janelas. O vento parecia ter me derrubado.
Ao abrir os olhos, surpreendi-me ao me ver deitada no chão com um amontoado de páginas esparramadas pela sala. O dia estava maravilhoso, sol quente e 38 graus. O vento veio e se foi, de repente.
Atordoada dirigi-me para o quarto. Deitada na minha cama, minhas mãos e braços começaram a tremer. Olhando-as não sabia o que estava vivenciando.
Eu ouvi: — Pegue papel e caneta. Escreva.
Recebia uma “ordem” do Astral. Nitidamente a voz pronunciava-se nos meus ouvidos. Comecei a escrever, psicografar sem parar e sendo revelado pela primeira vez quem estava fazendo contato comigo.
O ser de luz que eu estou mencionando, inclusive agora, pede para eu parar de digitar. Deverei esperar um outro momento porque através da escrita automática passará a sua mensagem.
Senhoras e Senhores
Meu boa tarde e cheio de vida a todos os que estão amorosamente respeitando a sua essência divina.
Paz!
Somos velhos companheiros de estrada, jornada. Um dia a nossa médium pegou seus escritos, pronta a escrever um prefácio de um amigo, como assim foi relatado. Eu via o esforço dessa mulher em fazer tudo correto, sua vocação em amar o outro e a justiça que sempre imperou dos resultados de suas ações.
Recebi um comando da Ordem Superior da minha egrégora espiritual:
—Vai, aplique-lhe os conhecimentos que a nossa irmã da terra está necessitando. Está apta a prestar seus serviços à humanidade. Ajude-a. Olha lá. Vá devagar, não use a sua tempestuosidade para fazê-la muito assoberbada.
Resolvido a aplicar-lhe o que deveria captar do Astral, deitei-a sem machucá-la. O impacto foi forte quando da abertura de um Portal qual naquele momento estava se abrindo para a sua missão. Levada para escrever (no princípio), tomou a caneta e folhas de papéis.
Suas mãos trêmulas exageradamente tomaram a velocidade e eu, ditei-lhe:
—Eu sou o ACV que viveu tempo na terra. Vivi um período grande e de repente, tombei, quando o avanço da espiritualidade tomou conta do meu ser. Preparei-me para estar aqui. Sou o seu condutor numa missão que se você aceitar, estaremos juntos.
Ela me respondeu:
—Estou aqui. Espero este momento há muito tempo. Estou pronta! Obrigada pela sua revelação e contato direto.
Este foi o princípio da nossa conversa. Daremos os detalhes daqui para a frente em como funciona os contatos, aprendizados e, os raios pelos quais os Portais se abrem para uma conjunção de aparelhamentos espirituais: frequência do Além com as ondas da Terra.
Muito obrigado.
ACV”
Próximo capítulo dia 19/12/2018
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