A Arquitetura da Ascensão – Capítulo Final
As palavras são magnetizadas. Cada som que emitimos reverberam no Universo. Sendo estes sons elevados, caminharão através de uma onda. Estas são levadas a uma egregora qual conduzirá a acústica. Na reverberação o bem é magnetizado sendo que a benfeitoria seja aceita e merecidamente agraciada. Estas fazem um mundo melhor através dos sons e das palavras.”
Zogbi – um espectro de luz
Viver intensamente numa missão, onde a vida se transporta para além daqui e através de conhecimentos adquiridos, fizeram a minha vida se tornar um lapso de muitas vivências. quais fui massacrada como médium. Outras vezes beneficiada pelo prazer e alegria de ser mulher, mãe, esposa, amante e companheira. Quantos outros momentos fui correndo ao encontro dos meus sonhos, abraçando a música, tocando em palcos, viajando pela China, Japão, Grécia, Itália e tantos outros países.
Além de percorrer tantas fronteiras, fiz amizades, trabalhei politicamente como conselheira de empreendedores e artistas, políticos e caminhantes desta profissão tão desejada por aqueles que são ambiciosos. Outras vezes, entreguei-me à religiosidade conhecendo profundamente as práticas de muitas delas. Experiências foram vividas. Marcadas, exasperadas, condicionadas e esperançosas. Um mundo de gratidão onde a incompreensão também se fez presente. Fui amada e desamada. Odiada às vezes pelas incompreensões, chorosa por tentar ser mais amiga, relevante e não conseguir muito pelas falsidades. Os deveres são maiores do que ser ambígua. Apaixonada pela arte, amor sublime pelas crianças, cuidados com os senhores mais velhos, progressista, amando a natureza e invadindo campos onde a terra solta sempre me convidou a andar descalça. Mas sempre foi a água que me chamou junto a ela. Preciso do mar, do som das ondas, do colorido do oceano e da liberdade em andar pela areia. Sou amante das montanhas, próxima do céu, pertinho da lua, alcançando as estrelas e junto a uma constelação ver o mundo astral tão próximo com meus amigos estelares.
O que me completa são os raios dos sons, das cores, da filosofia, da penumbra do silêncio pela madrugada, poesia da alma que se sobressai pelos cantos de uma melodia. Um conclave e uma clave, chaves do conhecimento em missão aberta à espiritualidade.
Vivenciando um pouco e os costumes termino o meu livro.
Um livro cheio de verdade, vivências, contratempo, ajustes e desajustes. Aprendi na prática a disciplina, as horas que passam e aquelas que chegam. Evidenciei muitas vezes detalhes que foram brilhantes na causa da comunicação espiritual. Um punhado de luz aqui, outro ali e com a cachoeira aberta o suporte intenso para que a eletricidade se fizesse presente nas faíscas do conhecimento. Um prazer ter escrito este livro com depoimentos amarelados pelo tempo, verde no crescimento da saúde mental, azul e violeta nas irradiações de um cordão eletrônico chamado espiritualidade. Hoje com meus 67 anos olho ao redor e vejo a vida. Começaria tudo de novo! Viveria tudo como se fosse a primeira vez. Cada dor eu chorei e aprendi um novo momento. Cada esquecimento foi necessário para amenizar o sofrimento. Cada sorriso um bálsamo, gratidão e esperança.
Com mais de dez anos casada a aliança está segura no dedo. O casamento continua com amor, respeito, cumplicidade, felicidade e quedas. Nossos filhos foram chegando um a um. Todos enviados por um Ser divino. Elas saíram do Plano Etéreo, nasceram de outra barriga e vivem conosco como filhos da luz. São iluminados pela nossa presença e eles fazem o nosso farol iluminando o novo mundo.
Cada filho com sua característica própria. Uma personalidade forte e móvel. Um indiozinho com seus 9 aninhos que cresce correndo no aterro do Flamengo do Rio de Janeiro. Uma filha com 8 anos tocando piano, sensível, amada e amante do crepúsculo e da praia da Urca. Sua irmã genética uma artista nata, desenhando tudo o que encontra com seus brilhantes olhos de jabuticaba, uma pele negra, cristais imantados pelos prismas dos sete raios, espiritualista, cobrindo a todos nós com seu sorriso, beleza e sensibilidade. Nossos gêmeos também com seus 9 anos de idade, cúmplices, algumas vezes revoltos como redemoinhos e cantam a vida como se fossem radialistas, vozes de um homem do campo no final do sertão brasileiro. Assim… meu esposo com seus 50 anos percorre o Brasil. A ponte aérea e a riqueza que leva e traz dentro dos pilares da Fraternidade Branca acolhendo uma família esperançosa de vibrações cadentes e oscilantes. Somos capazes de sobressair, fazer o levante e ressurgir como raios em todas as situações. Nossos filhos genéticos se comungam bem e nossos netos a tradução viva que a vida carrega os laços de sangue dos nossos antepassados.
Fui e iriei ao encontro de todos aqueles que clamam pela beleza da minha espiritualidade comandada pelos raios de uma constelação estelar-musical. Irei sempre ao caminho do próximo quando chamada, bem fazendo a linha de chamada na curva da vida.
Somos estelares, somos terráqueos, somos humanos. Um segredo, mistério a ser revelados como a casca de um ovo que tão sensível carrega a clara e a gema. Somos o que somos. Vivemos e cumprimos. Despedimos e ficamos.
Aqui ficam as últimas palavras escritas na página da Arquitetura da Ascensão. Um pedaço de mim nas letras dos sentimentos guardados nos anos do avesso e da transparência. Um longo caminho se alarga e lá vou eu com a bagagem nas mãos: um espírito andante que carregará e levará sempre o amor ao próximo, a preservação da natureza. Um meio de vida com a fé e a esperança. Um tostão ou um dólar, lágrima ou alegria. Vida ou a morte se eterniza. Uma complexidade para aqui agradecer quem fica comigo na eletrizante vida que se chama: Espiritualidade. Muito obrigada a todos!
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