A Arquitetura da Ascensão – Continuação (Cap. 1.21)
Eu queria morrer! Não conseguia SER o que eu deveria viver no meu dia a dia. O mundo dentro do campo vibracional era fascinante. Ele era grande e extenso em suas unidades. Cada dia eu presenciava uma emoção diferente. Como sentia necessidade de compartilhar com alguém aquelas vivências!
Construía um mundo com base sólida. As orientações chegavam de um mundo espiritual conseguindo ser uma arquiteta em ascensão. Colocava as pedrinhas das minhas experiências uma a uma cimentando-as com a massa pura de observações. Cada pedra tinha o peso das incompreensões. O alicerce crescia paulatinamente com a dedicação dos meus estudos dentro da parapsicologia e a holografia do cérebro. Eu lutava bravamente para ser vista como paranormal e não como médium. Meu ego não era nada pequeno. Quando alguém tinha contato com os mortos ou frequentava um Centro Espírita ou Umbanda, Macumbas sofria bullying. Conhecida como pianista, jornalista e rótulos sofisticados, seria eu, considerada uma mãe de santo? Já que meu lado sensitivo se mostrava abertamente então que me chamassem de paranormal ou parapsicóloga!
Quando você idealiza alguma coisa na vida você trabalha para que o mesmo seja realizado. Não nasci projetando a minha mediunidade. Não desejei ser mãe de santo, macumbeira, parapsicóloga ou profetiza.
Sim! Meu sonho foi trabalhar com Deus. Mensageira das boas ações, ministrar a sua palavra, ser teóloga ou até socióloga. Nomes que carregassem um título respeitável. Eu fui uma “metida”, pernóstica e muito “fresca”. Merecia uma surra de cinto bem-dada no bumbum que nunca foi nada pequeno. Com o tempo entendi que ser elitista não seria a solução de nenhum dos meus preconceitos. Deveria ter bom senso, aceitar e trabalhar com os mortos para ser uma mensageira do plano astral.
Construía paredes de concretos bloqueando muitas pessoas para que não chegassem perto invadindo minha privacidade como médium. Para outras com posturas e éticas, abria a vidraça da minha alma. Muitos outros momentos de introspecção eu sofria. Parecia entrar num túnel feito de concreto cimentando os meus segredos. Foi um tempo difícil! Sabia que Deus como Arquiteto do Universo me mostraria os andaimes seguros. Subiria andar por andar no caminho da ascensão. Não temia carregar os blocos ou, subir os andaimes. Aprenderia sem nenhuma pressa usar cada ferramenta. Nas mãos usaria o maço e o cinzel polindo as pedras até surgir o seu brilho.
Enquanto eu vivesse com homens retrógrados, pensamentos cravados no cérebro do tempo das cavernas, não me compreenderiam. Eu passava amor, recebendo de volta rabiscos negros de maledicência. Polia as pedras de brilhantes e elas voltavam como cacos de vidros atirados pelo ciúme ou inveja de outros. Galgava outros montes quando soltavam fogos de artifícios, explosivos para eu queimar no medo. Ansiava viver e ter momentos de satisfação vivenciando o meu EU. Não ao egoísmo, mas a compreensão das mudanças do SER ou não SER, existencial.
Entendi na época que ser um trabalhador carregando o maço (instrumento do trabalhador de uma pedreira), cinzel, vestir um avental e polir as pedras, para muitos, era considerado uma obra de arte enquanto para outros, realização diabólica. Simbolicamente quem vestia o avental do aprendiz recebia incompreensões. Todos sabem que o mal recebido acaba com qualquer pessoa. Um dia este mal explode feito uma bomba de quem o emite e de quem o recebe se não souber trabalhar com o apagar desta chama. O mal é um fragmento de uma luz que emite a queima da energia do campo áurico da pessoa que o recebe. O mesmo acontece com o bem. É necessário ter uma antena ligada para ser perceptível aos recebimentos destas vibrações.
Viver faz parte de uma sociedade. Lembro-me que aqueles que fingiam ser honestos, ganhavam louros, enquanto os verdadeiros e sensíveis sofriam os acasos das ruínas.
Hoje tenho conhecimento daqueles comportamentos. Pessoas acessavam o Portal inferior/ intelecto. Dirigiam-se para o caótico mal-estar da mentira, da dor e da sombra negra de rituais malignos.
A elevação do saber, conhecimento é parte de um conjunto de obras. Erguer-se uma pirâmide de homens bem-sucedidos não inibindo seus talentos é o sucesso de todos. A criatividade é o segredo do sucesso. Uma equipe homogênea, equilibrada não cairá jamais. Aquele que costumeiramente coloca o outro para baixo ou na insignificância de um SER louco, desvairado cidadão, este, absorve as doenças e a baixa estima. Pobre coitado!
O mundo novo não tem tempo para isso. Devemos explorar o oculto, viajar no mundo da imaginação, treinar a visualização criativa e aumentar o grau de percepção extrassensorial. Existem milhares de pessoas rosnando como se fossem um gato. Não sabem pular um muro para uma caça. Esperam que tudo chegue as suas mãos. Lamentável são estes sujeitos do aquém. Ficam repetindo as mesmas coisas e nada de novo chegara até ele. Outros caminhos chegam para o entendimento extrassensorial para o homem conectado no Plano Etéreo. É o mesmo daqueles que hoje sabem conectar-se com a internet e outros, sem saber fazer uso desta moderna tecnologia.
Todos deveriam viver de cabeça erguida, buscando conhecimentos. O homem é pobre quando se esconde das suas próprias ideias e de pensamentos inovadores.
O homem está vivendo (com exceções) num mundo casto da hipocrisia! Demora demais para se levantar e ser sóbrio no caminho da verdade.
Morrer! Morrer! Muitos querem a morte e muitos vivem a vida sem impulsionamento da alegria.
Assim aconteceu comigo se eu não tivesse conectada com o meu EU. Com o insight vivido num momento de apagar a minha existência, os compridos amarelos, verdes e brancos ficaram presos na minha garganta. Não desceram porque quis naquele momento não engolir a mentira. Eu sabia de alguns mistérios do outro lado da vida. Os doutores da inteligência emocional teriam o direito de me impedir de ter uma chance de viver um mundo diferente?
Eu almejava uma sociedade juvenil, alegre como as crianças e sábios como os anciões. No agora presencio adultos galgando os pilares de suas construções. Caem quando não se submetem aos testes das evoluções que nos chegam pelas frequências dos celulares. São transformadores de nossa existência humana. Do aparelho de televisão ao celular foi um caminho de evolução, assim como o telefone e as fitas gravadas, o disco de vinil, a vela acesa, a lâmpada e até chegar hoje na energia solar. Se assim o tempo se renova com as evoluções, como o homem continua HOJE não se dando o tempo para descobrir os segredos da própria mente?
Para se dar um salto no escuro precisa ter confiança onde cair. É preciso viver para ESTAR AQUI e AGORA.
Eu vivi. Para enxergar a minha vida e não ser cúmplice da ignorância, joguei todos os remédios que eu tomava impelindo a minha mediunidade na caixa do lixo. Dei um fim em tudo. Receitas médicas, diagnósticos e assim por diante. Após jogar o lixo da minha vida dirigi-me lentamente até o consultório de meu esposo. Fechei a porta, ajoelhei-me. Com um choro convulsivo, implorei: – Deus! Se você existe por que não me aparece?
— Por que se esconde?
— Deus! Repeti.
— Deus! Apareça aqui e agora. Quero vê-lo. Conhecê-lo. Mostre-se!
Logo vi um clarão vindo em minha direção. Não tinha rosto, formas ou outra imagem qualquer. Uma luz iluminou todo o meu corpo.
— Filha, cá estou. Meus braços não a alcançam, minha voz não vai até a sua garganta, mas cá, estou. EU SOU a MENTE DIVINA.
Deitei-me no chão. Senti Deus e com os olhos fechados, senti uma luz forte queimando o meu corpo. Iluminou-me. Sim! Deus existia! Ele estava naquele momento se manifestando. Eu tinha certeza da inspiração que recebia.
Levantei-me devagar do chão. Fui para o banho e me calei.
Eu sabia que eu tinha um Pai. Tive a certeza de que ELE renascia em mim. Eu o respeitaria e viveria através de sua chama de luz. Ninguém me tiraria da missão. Eu fazia parte da partícula de Deus, arquiteta da ascensão e com ele chegaria ao ponto mais iluminado de uma consciência crística.
Passados os dias e com a certeza de meus propósitos na terra como ajudante de Deus, conversei com os meus pais sobre a experiência transcendental. Deixei-lhes ciente de que não mais pisaria num consultório de psiquiatria para relatar a minha mediunidade ou como paranormal. Eles respeitaram a minha decisão, compreendendo o meu caminho.
A partir daquela data não senti o meu corpo pedir comprimidos ou as mãos tremerem como diziam os viciados em psicotrópicos. Recebi um milagre!
Fui e sou até hoje determinada. Consciente, enfrento qualquer situação quando tenho a certeza de minhas atitudes. Sou capaz de ver o que está errado e ao mesmo tempo espero o momento certo para dar um ultimato em qualquer das causas existentes. A paciência é mérito. O discernimento, a persistência e a fé são os poderes que envolvem a matemática da vida. Elas se somam e dão resultados favoráveis. Tudo é questão de viver o tempo. Cada milímetro marcado pelo tempo chama-se vida.
Não há tempo suficiente para brincar num carrossel de esperanças. Não podemos carregar um relógio sem respeitar os seus ponteiros. O magnetismo faz os ponteiros do relógio andar assim como a vida é a matemática envolvendo cada ser humano na trilha de um caminho. Você pode ou não sair de um túnel, pular de um carrossel, mas jamais sair do seu caminho/tempo quando acredita ser o correto. O marcador do tempo dá a volta de 24 horas. Neste círculo do tempo/movimento somos evolução. Não desperdice a sua vida/tempo.
Analise cada ponto, vírgula e exclamações. Interrogações e aspas num verdadeiro carrossel de imagens da sua própria vivência. É ter o comando da luz em suas mãos. É você que dirige o seu trajeto. É você que divide o seu tempo. A disciplina é o olho mágico da divisão de suas partículas de luz chamada tempo. Segure a direção e a sua travessia será mostrada pelo Onipotente (se você estiver conectado).
Próximo capítulo dia 24/10/2018
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